segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Astrócitos ajudam neurônios a estabelecer sinapses






Artigo original:
DINIZ, L.P. et al. Astrocyte-induced synaptogenesis is mediated by transforming growth factor beta signaling through modulation of D-serine levels in cerebral cortex neurons. Journal of Biological Chemistry. v. 287(49), p. 41.432-45. 30 nov. 2012.

Atividade física como o melhor remédio para a memória

Cada informação recebida realiza uma conexão entre as células cerebrais, modificando o cérebro fisicamente e criando um traço de memória. Quando o indivíduo precisa se lembrar de algo, em frações de segundo ele refaz todo o rastro deixado. Normalmente, quanto mais o cérebro repetir este caminho, com mais facilidade se lembrará dele e alcançará a informação guardada.

Tipos de Memória


Memória de trabalho
Aquela utilizada para coisas rápidas, que provavelmente não serão necessárias novamente. EX.: um número de telefone memorizado pelo tempo suficiente de discar e jogar fora.
Memória declarativa
Aquela que entendemos como autobiográfica, das histórias que aconteceram com cada um de nós. Está mais relacionada a fatos. Por exemplo: “lembro que há um ano aconteceu o tsunami no Japão”.
Memória não declarativa
É a memória de atos, como o de andar de bicicleta ou de amarrar os sapatos. Não sabemos exatamente como aconteceu, mas memorizamos o movimento. Geralmente está relacionada à repetição.


Em geral, os tipos de memória trabalham paralelamente. Se você não se lembra da sensação de aprender a andar de bicicleta, mas se lembra de que, no dia, você caiu e foi ajudado por alguém, está utilizando, na verdade, a memória declarativa, e não somente a memória não declarativa.
Quando uma pessoa reclama de problemas de memória, basicamente é um problema das memórias de trabalho e declarativa.
Somente num estágio avançado da doença de Alzheimer
, por exemplo, é que uma pessoa perde a memória não declarativa.
Além da doença de Alzheimer, outros problemas relacionados à perda de memória são a degeneração e a morte neuronal das áreas do cérebro responsáveis por ela (geralmente a região das têmporas).



Como cuidar da memória?

Para cuidar da memória, o ideal é otimizar a memória de trabalho e a memória declarativa. Mas como fazê-lo? Confira algumas dicas:
  • Atividade física é a mais importante. Muitas pesquisas com grande número de pessoas apontam que pessoas que fazem atividade aeróbica por meia hora, três vezes por semana, têm menos chance de ter declínio ou perda cognitiva. O exercício físico funciona não somente por ajudar na prevenção de problemas cardiovasculares, mas também por liberar substâncias benéficas ao cérebro e que têm efeito de neuroproteção, como as endorfinas.
  • Evite problemas cardiovasculares (com controle de diabetes, colesterol e outros fatores de risco). Eles podem causar, por falta de circulação, pequenas lesões cerebrais, principalmente em áreas mais responsáveis pela memória, que são bastante irrigadas.
  • Eliminação e controle da depressão são importantes por duas razões: a doença causa falta de atenção e os medicamentos para tratá-la podem trazer efeitos colaterais como os descritos anteriormente.
  • Melhora da qualidade do sono. Primeiro porque durante o sono reparador é que consolidamos as nossas memórias. Depois, porque uma pessoa cansada fica mais desatenta e a atenção é uma das primeiras etapas da memória.
  • Evite álcool e drogas (principalmente maconha), que são depressores do sistema nervoso central e diminuem a capacidade de reter informações.
  • Alimentação, sempre balanceada! Porque previne fatores de risco cardiovasculares.
  • Mantenha o cérebro ocupado e funcionando. Na aposentadoria, por exemplo, diminua o trabalho, mas mantenha-se em contato com a sua atividade profissional. Senão, ocupe o cérebro de outras formas. O importante é não parar abruptamente.
  • Mantenha as relações sociais e familiares, que ajudam a manter o equilíbrio emocional, muito importante para todos os tipos de memória.


Fonte:http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/voce-sabia-que-atividade-fisica-e-o-principal-remedio-para-memoria.aspx

Substâncias Tóxicas no entendimento da Doença de Parkinson

Na última década, muitos estudos associaram a exposição a agrotóxicos a maiores chances de desenvolver a doença de  Parkinson. Ainda não se sabe por que e como prejudicam as células neurais, mas uma pesquisa recente da Universidade da Califórnia sugere uma resposta: as substâncias presentes nesses produtos podem inibir uma via bioquímica que normalmente protege os neurônios dopaminérgicos, as estruturas cerebrais seletivamente atacadas na doença neurodegenerativa. O estudo desses agentes tóxicos pode ser a chave para entender o papel dessa via para a preservação neuronal – e, futuramente, fazer dela um alvo de novos medicamentos.

Os pesquisadores expuseram diferentes tipos de células do cérebro humano ao pesticida benomyl, conhecido por inibir a atividade química de enzimas aldeído desidrogenase (ALDH), capazes de quebrar um metabólito (produto do metabolismo) naturalmente tóxico do neurotransmissor dopamina, o DOPAL, tornando-o inócuo. Eles descobriram que o pesticida “matou quase metade dos neurônios dopaminérgicos, mas deixou todos os outros neurônios testados intactos”, segundo o neurologista Jeff Bronstein, um dos autores do estudo.

Isso ocorreu, afirmam, porque a inibição da atividade da ALDH pelo benomyl estimulou a acumulação tóxica de DOPAL, o que pode explicar a ligação entre o Parkinson e pesticidas. Além disso, o mesmo grupo de pesquisa identificou alta atividade DOPAL no cérebro de pessoas com Parkinson que não foram expostas a agrotóxicos, o que permite inferir que a via bioquímica estudada está envolvida no processo da doença, independentemente da causa original. Se estudos futuros comprovarem essa relação, as drogas que bloqueiam ou “limpam” o DOPAL do cérebro podem representar uma esperança de tratamento.

Fonte: mente e cerebro-agosto2013

Tomografia computadorizada compara atividade de cérebro saudável (sequência acima) com de pessoa com Parkinson (abaixo), evidenciando áreas prejudicadas

domingo, 18 de agosto de 2013

Nova terapia genética é esperança para doenças infantis raras


AFP/ WASHINGTON — Uma nova terapia genética se mostrou promissora na eliminação de dois tipos de doenças infantis raras, aparentemente sem risco de causar câncer, revela uma pesquisa internacional publicada nesta quinta-feira.
O método utilizou um vetor do vírus HIV e as células-tronco do sangue dos próprios pacientes para corrigir uma versão defeituosa de um gene, segundo a pesquisa publicada na revista americana "Science".
Como resultado, seis crianças estão melhorando 18 a 32 meses depois de suas operações, afirmou o principal cientista da equipe, Luigi Naldini, do San Raffaele Telethon Institute for Gene Therapy, em Milão.
"Três anos depois do começo dos testes clínicos, os resultados obtidos dos primeiros seis pacientes são animadores. A terapia não apenas é segura, como eficiente e capaz de mudar a história clínica dessas doenças graves".
Três das crianças sofrem de leucodistrofia metacromática, uma doença do sistema nervoso causada por uma mutação do gene ARSA. Os bebês com essa doença parecem saudáveis quando nascem, mas, à medida que crescem, perdem faculdades motoras e cognitivas. Não há cura.
A nova terapia genética deteve o avanço da doença em três dessas crianças, informaram os pesquisadores.
Os outros três menores estudados têm a síndrome de Wiskott-Aldrich, originada por mutações no gene WAS, o que gera infecções recorrentes, doenças autoimunes, sangramentos frequentes e um maior risco de câncer. O tratamento reduziu os sintomas até estes sumirem completamente nas crianças, acrescentaram os pesquisadores.
Tentativas anteriores de terapias genéticas para diversas doenças, entre elas a síndrome de Wiskott-Aldrich, mostraram um certo êxito, mas no longo prazo descobriu-se que os pacientes com problemas imunológicos desenvolveram leucemia.
Os cientistas acreditam que os vetores virais utilizados no passado possam ter ativado, de algum modo, uma parte do DNA responsável pelo câncer.
Os pesquisadores têm sido bastante prudentes com os testes de terapia genética em humanos desde a morte em 1999 do adolescente americano Jesse Gelsinger. Sua participação em um teste por uma doença rara do metabolismo devastou seu sistema imunológico, o que levou à sua morte por falência múltipla dos órgãos.
O novo método retira células-tronco de hemocitoblasto da medula óssea do paciente e introduz uma versão corrigida do gene defeituoso, utilizando vetores virais derivados do HIV. Quando as células tratadas são reinjetadas nos pacientes, começam a criar proteínas desaparecidas em órgãos-chave.
"Até agora, não vimos uma forma de criar células-mãe utilizando uma terapia genética que seja tão eficiente e segura como essa", afirmou o pesquisador Eugenio Monti, acrescentando que "os resultados abrem caminho para novas terapias para outras doenças mais comuns".
Os dois testes tiveram início em 2010. Participaram deles seis pacientes com síndrome de Wiskott-Aldrich e dez com leucodistrofia metacromática.
Os resultados publicados na "Science" se referem aos seis primeiros pacientes tratados pelo tempo suficiente para que os pesquisadores pudessem emitir suas primeiras conclusões com segurança. A equipe afirma, porém, que são necessários um acompanhamento maior e mais testes em pacientes humanos para confirmar a segurança e a eficácia da terapia.

Artigo original: Aiuti A, Biasco L, Scaramizza S.et al. Lentiviral hematopoietic stem cell gene therapy in patients with Wiskott-Aldrich Syndrome. Science 11 july 2013. www.sciencemag.org

domingo, 28 de abril de 2013

Pesquisa altera o que se pensava sobre recuperação de lesões no cérebro


Estudo publicado na revista Nature mostra que células que pareciam prejudicar a recuperação de áreas lesionadas são fundamentais para a cicatrização e o combate a hemorragias

Estado de MinasPublicação:25/04/2013


Poucas estruturas foram tão estudadas como o cérebro nas últimas décadas. Mesmo assim, ele ainda se mostra misterioso e capaz de surpreender os cientistas a qualquer momento. Um estudo feito com ratos na Universidade Duke, nos Estados Unidos, e publicado na edição de hoje da revista Nature indica que um tipo de célula nervosa tido até agora como um fator que dificultava a recuperação cerebral depois de traumas tem, na verdade, o papel oposto, sendo essencial para estancar sangramentos e, assim, promover o reparo do órgão.

Chamados de astrócitos (devido ao curioso formato, que lembra o de uma estrela), esses elementos são produzidos por células-tronco do cérebro após algum dano, como uma forte batida na cabeça. De acordo com os especialistas, eles migram para o local danificado com o objetivo de facilitar a recuperação da região. “Muito estudos investigam formas de produção de neurônios para a recuperação de áreas prejudicadas do cérebro. Mas nada disso adianta se houver um sangramento e ele não for interrompido. De alguma maneira, o cérebro sabe disso e produz esses astrócitos em resposta a um dano”, afirma, em um comunicado divulgado pela universidade, Chay T. Kuo, um dos principais autores da pesquisa.

Ao mencionar essas pesquisas, Kuo refere-se também à própria equipe, que se dedica a investigar formas de substituir células perdidas depois de traumas sofridos pelo cérebro. Uma vez danificados, neurônios maduros não podem mais se multiplicar. Por isso, a estratégia de pesquisadores tem sido induzir células-tronco a produzirem mais neurônios para substituir os perdidos.

Até agora, esse enfoque tem obtido pouco sucesso. Os cientistas desconfiavam que um dos problemas seria a criação excessiva de astrócitos e oligodendótricos, ambos chamados de células gliais, após os traumas. Embora soubessem da importância dessas duas estruturas para o funcionamento dos neurônios, os pesquisadores consideravam o aumento no número de astrócitos um efeito indesejado, pois parecia associado à secreção de proteínas que induzem a inflamação de tecidos e mutações genéticas ligadas à formação de tumores agressivos.

Inesperado Por isso, o grupo de Duke decidiu bloquear a fabricação dos astrócitos no cérebro de camundongos para ver o que aconteceria quando o órgão sofresse um forte trauma. Em vez de eliminar a inflamação que parecia atrapalhar a substituição dos neurônios, a estratégia fez com que a hemorragia não parasse nunca e a área lesionada não fosse curada. O resultado inesperado levou os pesquisadores a observar mais atentamente o processo. Eles notaram, então, que os astrócitos produzidos após um trauma não são como os demais.

As células-tronco ficam em uma área especial do cérebro adulto chamada zona ventricular. De lá, elas lançam neurônios e células gliais de acordo com as necessidades de cada região. Quando o cérebro sofre algum tipo de lesão, elas geram esse grupo especial de astrócitos, que corre diretamente para a área afetada e ajuda a produzir uma cicatriz organizada, que interrompe o sangramento e permite, assim, a recuperação do tecido.

Com o experimento, Kuo e seus colegas não conseguiram resolver o problema da forma que esperavam, mas acabaram descobrindo um novo campo de investigações que pode levar a formas de tratar cérebros lesionados, um problema muito comum que, somente nos Estados Unidos, atinge 1,7 milhão de pessoas por ano. Os estudos futuros podem também ajudar no tratamento de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame.

“Nós estamos muito empolgados com essa flexibilidade inata demonstrada pelas células-tronco neurais, que sabem exatamente o que fazer para ajudar o cérebro depois de uma lesão”, afirma o pesquisador. “Como hemorragias são um problema comum em pacientes que sofrem trauma no cérebro, novas investigações podem levar a terapias mais eficazes para acelerar a recuperação cerebral”, acrescenta.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Novos investimentos no projeto Brain


Matéria publicada na Folha de São Paulo:03/04/2013

O governo americano anunciou ontem um pacote de US$ 110 milhões para incentivar avanços em neurociências, com a principal parcela saindo do Departamento de Defesa do país.
A Darpa, maior agência estatal de pesquisa militar, deve desembolsar US$ 50 milhões em 2014, os NIH (Institutos Nacionais de Saúde), US$ 40 milhões, e a Fundação Nacional de Ciências, US$ 20 milhões.
A iniciativa, batizada de Brain --cérebro, em inglês, e um acrônimo para "Pesquisa do Cérebro por Avanços Neurotecnológicos Inovadores"--, foi lançada ontem pelo presidente Barack Obama e seu orçamento deve ser enviado ao Congresso dos EUA na semana que vem.
Editoria de Arte/Folhapress

A ideia é que o programa seja uma empreitada de longo prazo, como aquela que sustentou o sequenciamento do genoma humano na década de 1990.
Segundo a Casa Branca, o objetivo é "acelerar o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias para permitir que pesquisadores produzam imagens dinâmicas do cérebro que mostrem como células cerebrais individuais e circuitos neurais complexos interagem à velocidade do pensamento".

SEM PRAZO
A iniciativa, que recebeu promessas de investimento de mais US$ 158 milhões por parte da iniciativa privada, não estabeleceu nenhuma meta concreta, ainda.
Não há, por exemplo, um prazo para que cientistas tentem mapear as sinapses (conexões entre neurônios) humanas em sua totalidade ou uma meta para a precisão a ser atingida por aparelhos de ressonância magnética.
Francis Collins, diretor dos NIH e ex-líder do Projeto Genoma Humano, disse que um grupo de trabalho vai definir metas científicas detalhadas para os investimentos.
A equipe é liderada por Cornelia Bargmann, da Universidade Rockefeller, e William Newsome, da Universidade Stanford. Eles serão responsáveis por desenvolver um cronograma e determinar o que exatamente significa a "decodificação" do cérebro proposta por Obama em seu discurso.
"Imagine o que poderíamos fazer uma vez que quebrássemos esse código", disse o presidente numa pergunta retórica. Ele citou como possíveis benefícios dos investimentos os avanços em pesquisa sobre parkinson, alzheimer e autismo.
O papel do investimento da Darpa foi justificado como um meio de aprimorar o tratamento do estresse pós-traumático e de criar próteses neuromotoras para vítimas de lesão cerebral e amputação --problemas comuns entre veteranos de guerra.
Obama também apelou à competitividade. "Não podemos perder essa oportunidade, pois o resto do mundo está na corrida", disse.
O investimento do governo americano na iniciativa, porém, é menor do que o bilhão de euros que a União Europeia promete colocar no Projeto Cérebro Humano, cuja meta é simular o cérebro num computador.
Para chegar à escala do Projeto Genoma Humano, de US$ 3 bilhões, a iniciativa Brain precisaria ter um financiamento na escala atual por mais de uma década.
O maior contribuinte privado é a Fundação Allen --de Paul Allen, cofundador da Microsoft--, que promete US$ 60 milhões. Os outros são o Instituto Salk (US$ 28 mi), o Instituto Médico Howard Hughes (US$ 30 mi) e a Fundação Kavli (US$ 40 mi).

sábado, 9 de março de 2013

Curso Distúrbios do Sono-PUC Rio



Curso de Extensão em Distúrbios do Sono

Programação



Dia 1              26 / 04 / 2013  -  sexta

Manhã  -  08:40 às 12:00

Mesa redonda – Sono normal e alterado
Fisiologia e estagiamento do sono
Classificação dos distúrbios do sono
Abordagem na suspeita de alterações do sono
Debate com caso clínico
Conseqüências cardiovasculares da Apnéia do Sono
Síndrome das pernas inquietas e movimento periódico de membros
Apnéia do sono e o risco cirúrgico

Tarde  -  13:30 às 17:00

Abordagem da sonolência residual pós-tratamento
Roncos e Apnéia: problema social ou de saúde?
Mesa redonda – Diagnóstico
Ferramentas de diagnóstico: há mais de um tipo de Polissonografia?
Artefatos no exame de Polissonografia: compreendendo e evitando
O laudo da Polissonografia como ferramenta de orientação ao tratamento
Debate com caso clínico
Terapia cognitivo-comportamental nos distúrbios do sono
Estruturação para laboratório e exames do sono

Dia 2              27 / 04 / 2013  -  sábado

Manhã  -  09:00 às 12:00

Mesa redonda – Tratamento I
Abordagem Bucomaxilofacial nos distúrbios respiratórios do sono
Otorrinolaringologia: avaliação e tratamento dos distúrbios respiratórios do sono
Bruxismo e Apnéia Obstrutiva: indicações de uso do aparelho intra-oral
Debate com caso clínico
Doença de Refluxo Gastro Esofágico e o Sono
O papel dos exames dinâmicos na avaliação dos distúrbios respiratórios do sono
Investigação radiológica dos distúrbios respiratórios do sono

Tarde  -  13:30 às 16:30

Dinâmica do registro do sono por polissonígrafo
Mesa redonda – Tratamento II
Titulação: protocolos diferentes têm o mesmo resultado?
Algoritmo dos aparelhos de PAP (CPAP e BiPAP)
Uso dos aparelhos de PAP (CPAP e BiPAP)
Como melhorar a adesão ao tratamento
Debate com caso clínico
Workshop – Orientando e desmistificando o uso do PAP

Informações: www.cursosono.com.br

terça-feira, 5 de março de 2013

Vacina para combater a Doença de Alzheimer


Vacina desenvolvida em laboratório espanhol, com bons resultados, em cobaias, na redução da concentração de proteína B amilóide.

International Journal of Alzheimer's Disease
Volume 2012 (2012), Article ID 376138, 17 pages
doi:10.1155/2012/376138
Research Article

Vaccine Development to Treat Alzheimer’s Disease Neuropathology in APP/PS1 Transgenic Mice

1Department of Neurosciences, EuroEspes Biotechnology, Polígono de Bergondo, Nave F, 15165 A Coruña, Spain
2EuroEspes Biomedical Research Center, Institute for CNS Disorders and Genomic Medicine and EuroEspes Foundation, 15166 La Coruña, Spain
3Neuroscience Division, Atlas Pharmaceuticals, Sunnyvale, CA 94089, USA
Abstract
A novel vaccine addressing the major hallmarks of Alzheimer’s disease (AD), senile plaque-like deposits of amyloid beta-protein (Aβ), neurofibrillary tangle-like structures, and glial proinflammatory cytokines, has been developed. The present vaccine takes a new approach to circumvent failures of previous ones tested in mice and humans, including the Elan-Wyeth vaccine (AN1792), which caused massive T-cell activation, resulting in a meningoencephalitis-like reaction. The EB101 vaccine consists of A 𝛽1-4 2delivered in a novel immunogen-adjuvant composed of liposomes-containing sphingosine-1-phosphate (S1P). EB101 was administered to APPswe/PS1dE9 transgenic mice before and after AD-like pathological symptoms were detectable. Treatment with EB101 results in a marked reduction of Aβplaque burden, decrease of neurofibrillary tangle-like structure density, and attenuation of astrocytosis. In this transgenic mouse model, EB101 reduces the basal immunological interaction between the T cells and immune activation markers in the affected hippocampal/cortical areas, consistent with decreased amyloidosis-induced inflammation. Therefore, immunization with EB101 prevents and reverses AD-like neuropathology in a significant manner by halting disease progression without developing behavioral spatial deficits in transgenic mice.

sábado, 2 de março de 2013

Nova estimulação cerebral pra tratar Doença de Parkinson

Desenvolvimento recente, a estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês) consiste em implantar eletrodos metálicos no cérebro com o objetivo de estimular áreas específicas por meio de impulsos elétricos. O procedimento tem mostrado bons resultados no tratamento de dor crônica, epilepsia e dos tremores causados pelo Parkinson. Agora, uma tecnologia ainda mais sofisticada pode ampliar os efeitos da DBS: magnetos microscópicos, capazes de agir com maior precisão, pois os eletrodos metálicos, apesar de minúsculos, são muito volumosos para atingir os circuitos neurais mais intrincados. 



Em uma série de experimentos relatada na Nature Communications, os neurofisiologistas John T. Gale, da Fundação Clínica Cleveland, e Giorgio Bonmassar, da Universidade Harvard, especialista em imageamento cerebral, testaram se micromagnetos (que têm menos da metade de um milímetro de diâmetro) poderiam induzir neurônios da retina de coelhos a disparar. Eles descobriram que quando energizavam eletricamente um icromagneto posicionado perto de um neurônio a célula se ativava. 



Ao contrário das correntes elétricas induzidas pela DBS, que excita neurônios em várias direções, os campos magnéticos, como o que envolve a Terra, percorrem linhas de polo a polo. Os pesquisadores observaram que é possível dirigir o estímulo precisamente para um neurônio específico e até mesmo para areas particulares da célula. “Isso pode nos ajudar a evitar alguns efeitos colaterais da DBS, como as emoções negativas que por vezes são desencadeadas em pacientes com Parkinson submetidos ao tratamento para aliviar tremores”, diz Gale. 



Além disso, os magnetos, de revestimento plástico, estão menos sujeitos à corrosão que os eletrodos de metal, o que previne possíveis inflamações dos tecidos cerebrais. “Pesquiso a DBS há 14 anos e o uso de magnetos se revelou um meio totalmente inovador de ativação cerebral. Se as pesquisas com animais continuarem a demonstrar que são seguros e eficazes, eles poderão ser testados em humanos dentro dos próximos 5 anos”, diz Gale.

Fonte: menteecerebro
Esquema que ilustra a atual estimulação cerebral profunda na Doença de Parkinson (DBS)

Novos caminhos para a neurociência